quinta-feira, 30 de abril de 2009

Comparativo: Chevrolet Meriva 1.4 encara Nissan Livina 1.6

São minivans, mas não deixam de ser espertas e econômicas

POR CARLOS GUIMARÃES // FOTOS DE GUILBER HIDAKA

Guilber Hidaka
Visual da Livina é mais atual que o da Meriva, que já completou sete anos no mercado brasileiro
Guilber Hidaka
Interior do modelo da Nissan é baseado no do Tiida
Vamos falar de minivans. Mas, calma: essas são das boas, não apenas para o seu bolso, mas para a família toda. Conseguem ser espaçosas e econômicas e tudo por um preço animador se comparadas à maioria dos modelos do segmento, que costumavam ser equipados apenas com motores maiores e que faziam visitas freqüentes aos postos de gasolina até pouco tempo. De quebra, ainda não chegam a decepcionar quando o pé direito fica mais pesado, dando conta do recado em viagens e se esquivando dos obstáculos do trânsito cotidiano. Para desafiar a recém-chegada Livina 1.6 (R$ 46.690, básica), chamamos a Idea (R$ 43.016) e a Meriva (R$ 43.549), ambas com motores 1.4, mas apenas a última pode comparecer. E a briga foi boa desde que as duas se encontraram no estacionamento da editora.

Já se passaram mais de sete anos que o modelo da GM começou a ser vendido. E apenas em meados de setembro do ano passado recebeu o motor 1.4 EconoFlex, o grande trunfo da Meriva nesse comparativo, além do preço um pouco mais em conta. Mas esses dois atributos não foram suficientes para tirar a vitória da novata da Nissan, que conta com um conjunto mais moderno e equilibrado, além de ser mais confortável e um pouco mais ágil graças ao motor 1.6 16V, herdado da Renault. O detalhe é que, apesar de ter se saído melhor que a rival da GM, a Livina ainda conta com uma rede de concessionários bem menor. Por enquanto são apenas 68 pontos espalhados pelo país, volume que deve chegar a 80 até o fim do ano. Em compensação, a Nissan aposta nas revisões com preço fechado para transmitir confiança. 

Guilber Hidaka
Na versão 2010, a minivan da GM tem apenas lanternas com acabamento cromado entre as únicas diferenças
De qualquer forma, a Livina chega como uma opção interessante e com um ar de novidade num segmento que estava ficando esquecido. Logo de cara, o carro agrada por dar a sensação de que você está ao volante de um hatch ou sedã, ao contrário da Meriva, que tem posição de dirigir mais alta, até mais do que deveria, o que atrapalha um pouco na hora de alcançar a alavanca de câmbio. Pena que faltou regulagem de altura dos bancos na Livina. Mesmo assim, ainda é melhor do que trocar de marcha quase nas pontas dos dedos no modelo da GM. E os engates do Nissan são mais precisos, com uma alavanca bem estilosa, que não faria feio em algo mais divertido, como um cupê ou sedã. Já na manobra para tirar o carro da garagem, a Livina conquista pela leveza da direção com assistência elétrica, mais precisa que a hidráulica daMeriva. Rodando por aí em dias chuvosos, como o que enfrentamos na semana que avaliamos o carro, o temporizador regulável do limpador de para-brisa do Nissan é outro ponto a favor da Livina

Guilber Hidaka
Por ser mais baixa, minivan da Nissan transmite mais segurança nas curvas

Guilber Hidaka
Tanquinho fica próximo do para-brisa
Não espere encontrar o silêncio de muitos modelos familiares nessas duas minivans. Ambas não fazem cerimônia em falar alto. A menos discreta é aLivina, mas compensa essa falta de discrição com um desempenho um pouco melhor, ajudada pelo motor 1.6 de 16 válvulas, que rende 108 cavalos com álcool, apenas 3 cv da menos que o 1.4 da GM consegue transmitir para as rodas da frente. Acelere e se surpreenda com o desempenho dessas duas que têm apenas caras de inocentes. Vai ficar mais surpreso a bordo da Livina, que tem 10,7 kg/cv de relação peso potência, boa marca para um carro de forte apelo familiar e melhor que os 11,9 kg/cv da Meriva. Isso acaba refletindo em uma certa agilidade nas ultrapassagens. Além disso, com centro de gravidade um pouco mais baixo, o Nissan consegue transmitir mais segurança nas curvas, mesmo com os borrachudos pneus 185/70R 14 da versão básica, trocados por outros 185/65R 15 no caso da SL, mais equipada. A GM diz que a Meriva atinge 173 km/h e acelera de 0 a 100km/h em 13,1 segundos e a Nissan não divulga números de desempenho. 

Mas é no dia-a-dia que aparece a maior diferença de dirigir o Nissan e oGM. O primeiro é mais confortável, por absorver melhor as irregularidades do piso sem ser um “joão bobo” em trechos sinuosos. No Meriva o jogo é duro. Na buraqueira das ruas de São Paulo, fica fácil se cansar com um pula-pula que não é brincadeira. Faltou um acerto mais voltado para o conforto. Além disso, em dias de baixa temperatura, o bom motor 1.4 da GM economiza gasolina do sistema de partida a frio, injetando o combustível apenas abaixo de 8°C e girando mais do que o normal até pegar para esquentar a câmara de combustão, o que exige dois cuidados principais: abastecer o tanquinho com gasolina aditivada ou podium (que duram mais) e manter a saúde da bateria sempre em dia. Na Livina, o senão é que o bocal do reservatório de gasolina fica próximo do para-brisa, o que exige cuidado para não manchar o capô com gasolina. E no quesito praticidade, o modelo da Nissan leva vantagem pelo porta-malas maior sem precisar rebater os encostos do banco traseiro. São 449 litros, ante 340 da rival da GM. Reúna a família e boa viagem. 

Guilber Hidaka
Interior do Nissan mostra ter melhor acabamento que o do Chevrolet

Em São Paulo

Termina prazo para inspeção de veículos com placa final 1

Carros que não passarem pela fiscalização terão licenciamento bloqueado.
Nesta sexta-feira (1º), começa o agendamento para finais de placa 5 e 6.

Do G1, em São Paulo

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Vistoria é obrigatória em carros fabricados a partir de 2003 (Foto: Reprodução/TV Globo)

Termina nesta quinta-feira (30) o prazo para a inspeção ambiental obrigatória dos veículos com placa final 1 de São Paulo. Os proprietários tiveram três meses para agendar a vistoria e, caso não tenham cumprido a lei, ficarão impedidos de fazer o licenciamento do veículo no ano que vem.

 

Apesar do vencimento do prazo, ainda é possível agendar a inspeção, entretanto, quem for pego pela fiscalização da Polícia Militar ou de agentes da CET receberá multa de R$ 550.

 

A partir desta sexta-feira (1º), é iniciado o agendamento dos veículos com finais de placa 5 e 6. E já na segunda-feira (4), começam as vistorias dos veículos com placa final 4. Caso for reprovado no teste de poluição, o veículo deverá ser submetido a uma nova inspeção. Neste caso, não será cobrada a taxa de agendamento, de R$ 52,73. 

 

A revisão avalia a emissão de gases poluentes em carros movidos a álcool, gasolina, diesel e gás natural, e só é obrigatória, por enquanto, em carros fabricados a partir de 2003 — exceto veículos novos comprados neste ano. 
 

Veja quando e como agendar a vistoria do seu veículo 

 

Passo-a-passo

 

O dono do veículo deve entrar no site da Controlar - empresa responsável pela inspeção veicular no Brasil - imprimir o boleto de R$ 52,73 e pagá-lo em qualquer banco. Após 75 horas, já será possível agendar o dia, o local e o horário também pelo site ou pelo telefone (11) 3545-6868. A Prefeitura de São Paulo irá ressarcir o valor pago aos proprietários dos veículos que forem aprovados e que não tiverem dívidas com a prefeitura. 

 

Para os veículos a diesel, que já são inspecionados desde 2008, a data limite para a realização da inspeção é três meses depois do licenciamento.

 

A partir de 2010, todos os veículos serão obrigados a passar pela inspeção. Com isso, o número de carros a ser inspecionados passará de 3,5 milhões deste ano para 6,3 milhões, que corresponde à frota paulistana atual.

Melhor óleo para Carro-Tire Dúvidas

Tire dúvidas sobre os tipos de óleo para o motor do carro

Mineral ou sintético? Veja qual é o mais adequado ao seu veículo. 
Especialista responde a perguntas enviadas por internautas.

Ricardo Lopes da FonsecaEspecial para o G1

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Óleo automotivo (Foto: Divulgação)

Óleo mineral, semissintético ou sintético? Qual deles é o mais apropriado para o motor do veículo? Estas e outras dúvidas foram enviadas pelos internautas do G1 após a publicação da coluna "Tire dúvidas sobre a lubrificação do motor". Confira abaixo as respostas de algumas perguntas enviadas. 

Óleo sintético é melhor que o mineral? 

O óleo sintético é mais elaborado e com isso promete manter a viscosidade constante, independentemente da temperatura de funcionamento do motor. Com essa característica a tendência é não carbonizar o motor. A desvantagem é o preço, mais elevado. Para utilizar esse tipo de óleo é bom estimar o custo/benefício. Se você utiliza bastante o carro e roda muitos quilômetros, o óleo sintético compensa, pois a troca é mais estendida.


Já o óleo de base mineral é o mais comum do mercado. Atende perfeitamente a maioria dos motores, porém a troca se dá com menor quilometragem. Se não ficar atento ao prazo de troca pode-se desencadear uma carbonização que vai trazer problemas mais a frente. 

O óleo mineral tem que ser trocado a cada seis meses independente da quilometragem. E o óleo sintético também tem prazo de validade dentro do motor? 

O óleo do tipo mineral tem o uso por quilometragem recomendado até cinco mil quilômetros e o sintético, conforme a marca e especificação entre 15 e 20 mil quilômetros. Porém, uma vez adicionado ao motor, é preciso ficar atento ao prazo máximo para substituição, que em ambos os casos é de no máximo seis meses. 

Tenho um Palio Young 2000/2001 e sempre utilizei óleo semissintético. Já me aconselharam a mudar, com o argumento de que este óleo não faria bem quando usado por tantos anos. Mesmo levando em consideração que faço a troca a cada 10 mil km rodados. É isso mesmo? 

O óleo do tipo semissintético é aquele que mistura a base sintética com a mineral. Ele é recomendado para motores mais potentes que trabalham em altas rotações. Mas, nada impede seu uso em motores menos potentes. Provoca menos carbonização interna e contribui para amenizar o atrito entre as peças internas do motor, principalmente durante a partida, quando a maior parte do óleo encontra-se em repouso no cárter – reservatório do óleo. A troca é recomendada pela maioria dos fabricantes a cada 10 mil km, mas convém efetuá-la antes disso, por volta dos 8 mil km. Os comentários que você recebe não fazem sentido. O que importa é obedecer o limite de quilometragem ou o tempo máximo para efetuar a troca, ou seja, seis meses. Não esquecer de trocar o filtro sempre que substituir o óleo.

 

O manual do meu veículo recomenda óleo sintético ou semi selênia 15W40. Eu usei o semissintético Hilux 5W40. Isso poderá afetar o motor? Qual é o significado dessa sigla? 

O manual é o parâmetro a ser seguido. A fábrica não sugere isso à toa. São meses, em alguns casos, anos de estudos e pesquisas para identificar a melhor especificação do lubrificante. Isso leva em consideração não apenas o motor novo, mas também a manutenção de desempenho e rendimento com o passar do tempo. Desse modo, se o fabricante sugere o óleo do tipo 15W40, significa que essa especificação é que atende melhor os requisitos do motor.

 

A sigla indica a viscosidade do óleo com o motor frio e também em regime de trabalho. O primeiro número representa a viscosidade quando o motor entra em funcionamento. Quanto menor esse número, mais fino será o óleo. Isso facilita o trabalho da bomba de óleo ao aumentar a pressão e também faz com que o lubrificante chegue mais rápido nas partes altas do motor. Já o segundo indica a viscosidade em regime de trabalho, ou seja, em altas temperaturas. Quanto maior o número mais grosso será o óleo e menor será o atrito entre as partes móveis do motor. Normalmente os motores mais potentes tendem a utilizar óleos mais finos, e os motores de baixa rotação os mais grossos. O importante é saber que o óleo errado não cumpre a sua função de lubrificar nem resfriar. 

Colocar um óleo mais grosso aumenta o consumo em combustível? 

O óleo com viscosidade mais elevada tende a lubrificar melhor. Entretanto, o motor, principalmente com baixa quilometragem, ainda não possui folgas e um óleo mais denso afetaria sim o seu consumo. Um óleo com essa característica é mais recomendado para motores com alta quilometragem, cujo velocímetro já ultrapassou os 100 mil km. Nesse caso, o motor já tem folgas maiores, e o óleo mais grosso viria a compensar a lubrificação.

 

Vale relembrar que o óleo indicado para cada motor leva em consideração uma série de fatores, como, por exemplo, a rotação submetida. Um motor de alto desempenho que recebe óleo mais grosso que o especificado vai comprometer a bomba de óleo. Isso provoca uma sensível diminuição da vida útil da bomba, pois vai diminuir a pressão e a vazão. No final, isso acabará por provocar a oxidação do óleo e também o entupimento dos canais de lubrificação, o que trará danos gravíssimos aos componentes móveis, levando a fundir o motor por deficiência de lubrificação. 

O que faz formar borra no motor, o óleo normal ou o sintético? 

Não faz diferença se o óleo é convencional ou sintético. Lubrificantes por si só não criam borra no motor. É necessário fazer algo com ele. Uma das reações mais comuns que contribuem para isso é ignorar as recomendações do produto, como por exemplo, o prolongamento do intervalo de drenagem de óleo além da recomendação do fabricante. Essa é uma das principais causas para a formação de borra. Na composição do lubrificante estão os aditivos, que com o tempo e a quilometragem esgotam sua capacidade de ação e não mais evitam esse processo. Se o motor tem um problema mecânico, como um vazamento do líquido arrefecedor interno ou um termostato que não permite que atinja temperaturas normais de funcionamento, isso também poderá causar a formação de borra de óleo. 

Em um motor com lubrificação convencional existe alguma coisa que podemos fazer durante partida para minimizar essa deficiência de lubrificação ou seus efeitos para o motor

Todo proprietário deve manter ter todo o cuidado com a manutenção do seu veículo. Isso inclui o sistema de lubrificação. Se você utilizar o óleo correto, dentro das especificações como informa o manual do proprietário, e se fizer as trocas dentro dos períodos estabelecidos, já estará fazendo o necessário. Agora, para tudo ficar ainda melhor para seu carro, basta, quando o motor estiver frio, aguardar alguns segundos em funcionamento, para em seguida colocá-lo em velocidade reduzida até que o marcador de temperatura atinja a primeira marca. Se o seu carro não tiver esse marcador, calcule algo em torno de cinco minutos. Passado esse tempo, você pode exigir rotações mais elevadas. Lembre-se, não é bom ficar acelerando desnecessariamente. 

O que é selo do bloco do motor? Quais os cuidados que se deve ter com ele? 

O selo do bloco do motor é uma tampa de aço, ligeiramente côncava ou então em forma de copo, que quando instalada furo do bloco do motor, expande-se firmemente. A finalidade desses selos é para remover a areia da fundição do bloco, bem como agir como válvula de segurança no caso da água vir a se congelar, o que desse modo vai evitar trincas.

 

Ampliar FotoFoto: TV Globo/Reprodução

Filtro de ar (Foto: TV Globo/Reprodução)

Quais são as funções do filtro de óleo lubrificante, filtro de ar e filtro de combustível? Quando devem ser trocados? 

O filtro de óleo deve ser substituído sempre que fizer a troca do óleo. Alguns motoristas têm o péssimo hábito de colocar um filtro novo apenas a cada duas trocas de óleo, uma prática nada recomendada. Sua função é separar os resíduos que contaminam o óleo, como por exemplo, as partículas metálicas resultantes do atrito das peças. 

O filtro de combustível precisa ser trocado entre 15 e 20 mil quilômetros. Sua função é livrar o combustível de impurezas, como por exemplo, a ferrugem, os resíduos dos tanques e até mesmo irregularidades do próprio combustível. 

Já o filtro de ar deve ser trocado a cada 10 mil quilômetros. Se trafegar bastante por estradas de terra o ideal é substituir em períodos menores. Sua função é filtrar o ar a ser sugado pelo motor. Nessa filtragem são separadas e eliminadas todas as partículas existentes no ar.